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Que faremos nesse momento? Que diremos ao povo de Deus?


Essas são duas perguntas que saltam na nossa mente em vista dos acontecimentos atuais.


Romanos 8:31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?


Faz três anos que o mundo foi sacudido por uma praga terrível que levou muita gente.

Entramos em um período de muitas opiniões, incertezas, perplexidade e desacertos.

Vimos um mundo perdido diante da Covid, muita gente lamentando suas perdas, e também vimos um mundo dividido por aqueles que queriam trazer uma palavra de orientação, diferente da palavra de orientação de outros. O fato é que, quando temos orientações diferentes sobre o mesmo tema, a realidade é que estamos perdidos.

Mas, quem poderia orientar o mundo?

Quem poderia orientar o povo da Igreja, visto que as desorientações chegaram também em nosso meio?

Sobre o problema da Covid veio outra situação bem grave. Os irmãos começaram a se afastar uns dos outros por causa da política.


Pastores começaram a manifestar posições político partidárias. Isso agravou o quadro, mais ainda.


Estamos na eminência de um recrudescimento da luta contra Deus.

Paulo nos alerta para o tempo em que estamos vivendo. O inimigo de nossas almas está mais ativo que nunca e com alvos bem claros.

Paulo, o apóstolo nos instrui:


Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.


Aí está o grande objetivo do adversário. Ele vai lutar contra as duas maiores representações de Deus aqui na terra: a Igreja do Cordeiro e a família, que compõe a Igreja.

Não há igreja sadia sem famílias sadias e não há famílias sadias sem uma Igreja sadia. Se o inimigo derrotasse uma, automaticamente, derrotaria a outra. As duas são o que a ciência chama de organismos comensais. Isso significa que um se alimenta através do outro e assim os dois se sustentam.


Todas as forças deste mundo vão se levantar com fúria com o intuito de derrotar esses dois organismos.

Toda grande obra de Deus teve como plataforma, ou instrumento, a família. Desde a criação, passando pelo dilúvio, a separação de Abraão para ser um canal, ele e sua casa para que o Senhor pudesse fazer através dele aquilo que queria, que era abençoar todas as famílias, depois todas as nações. No caso de Abraão, seu trabalho seria colocar a família e os filhos em ordem. Isso se tornaria o canal de bênção para todo as nações.

Depois vemos a reconstrução dos muros na história de Neemias, quando esse faz o povo trabalhar por famílias, trabalhando cada um defronte de sua casa.

O último versículo do AT termina com uma tremenda menção para os pais. Deveria haver uma conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais para que Deus não ferisse a terra com maldição.

O livro de Mateus começa com genealogia. Ou seja, definição de filiação e paternidade.

Para não me tornar muito repetitivo, Apocalipse termina com um casamento.


O inimigo sabe da importância da família, por isso sua sanha perversa e devoradora sobre os nossos filhos e sobre o casamento.


Então, o que fazer nesse tempo?

Primeiro – não nos voltemos para política partidária. Quem votou em um ou em outro tem responsabilidade e não nos compete julgar nem condenar.

Deixemos essas questões fora de nossa agenda. Tenhamos um coração perdoador e que suporte em amor uns aos outros. O Senhor vai esclarecer. Não deixemos de honrar uns aos outros.


Em segundo lugar, precisamos entender que no futuro não muito distante, e não por causa do governo que entrou, mas pensando naquilo que o Senhor disse que aconteceria em termos de aflições e perseguições que vão acontecer e por causa do Ele deseja para nós. Por causa disso é que o Senhor vai nos livrar de toda estrutura que ele não criou, como salões de reuniões, ou a supervalorização das reuniões gerais, em detrimento da vida da Igreja nas casas. A Igreja não terá a visibilidade que tem hoje, mas será mais atuante a partir das vidas e das famílias dos discípulos.

O nosso trabalho contempla duas coisas. Uma é a restauração do ministério sacerdotal, profético e pastoral dos pais (me refiro ao casal), de tal modo que a vida da família reflita aquilo que desejamos que toda a congregação pratique: pais orando com seus filhos, dando direção, guiando-os de tal forma que eles sejam levados a experimentar a salvação, conhecer seu ministério e, em cima disso, descobrir qual profissão vai cooperar com o seu chamado. Outra coisa, é ajudar os filhos a descobrir em Deus a pessoa que vai ajudá-los no desempenho do ministério ao Senhor como casal.

O adversário de nossas almas está investindo pesadamente nos nossos filhos. Ele quer traga-los.

O que precisamos fazer é ensinar os pais a cuidar devidamente de seus filhos.

Algumas vezes pensamos em montar uma estrutura ou trabalho como Igreja para impedir que o inimigo alcance e roube as nossas crianças, mas a maneira mais eficaz e eficiente é ajudarmos os pais a serem pais, dando apoio a eles nesse serviço.

Nunca, nenhuma organização, ou organismo vai substituir o trabalho dos pais.

Assim como não podemos terceirizar o cuidado dos filhos para o estado, através das escolas, como também não podemos terceirizar, entregando-os para a Igreja.


Em terceiro lugar nós, os supervisores do rebanho do Senhor precisamos nos dedicar aos pais de família. Eles são os reais pastores da igreja.

Precisamos nos dedicar às mulheres que não tem maridos para que elas aprendam a aproveitar que não precisam cuidar das coisas deste mundo, como fala Paulo (1Co 7:32,33).

Os que estão solteiros precisam estar sob os cuidados de uma família e precisam ser desafiados a evangelizar, discipular e levar as pessoas ao Senhor e também servir ao nosso Mestre.


Sei que vamos passar por uma grande reviravolta em nossas congregações em virtude dos conceitos que o Senhor está trazendo para nós.

Vamos separar tempo para os homens da Igreja. Vamos desafiar, animar, preparar e vamos enviá-los para suas casas.

Creio que esse trabalho é o mais importante que poderíamos fazer neste momento em que estamos vivendo.


Vamos PROSSEGUIR!


No amor do Senhor,


Jamê


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